quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem Palavras.







Sem palavras pelas páginas em branco
horizontes imersos num brilho fosco
e contradições invertidas pelo lado oposto.
As ruas cinzas não pertecem ao caminho
e fogem de si mesma à procura de abrigo
mas os passos lentos não levam a nada.

Vozes perdidas,
sonhos desfeitos...
Pensamentos que aturdem na memória
e trazem as lembranças que prefiro esquecer.
Sem sentido
vazio...
não há razão para continuar nessa estrada
se já não germinam as sementes do destino.

Eu ainda queria as flores
os jardins sedentos
o calor do vento...
Queria a história
a poesia que ficou ausente
o sorriso que corrompeu
quando os olhos ferozmente se fecharam
para a vida que corria dos meus dedos.

0 comentários:

Postar um comentário